Ei de
te amar como os pássaros amam as manhãs
Numa
cintilação de sons e cores, movimentos
Saídos dos
meus sonhos distantes, amanhecidos.
Como um deus
semeando o inusitado e o previsível,
O só
insinuado porque inalcançável a olhares
E ouvidos
comuns, apartados da poesia noturna,
Semeio cores
na tela e poemas no mundo.
E o que mais
querer ou pedir, senão a tua imagem,
Glamourosa e
ao alcance, orientando a palheta
E me
ajudando a encontrar palavras, vocábulos
Que te
descrevam única e definitivamente bela
Ornamentando
cada minuto de cada manhã?
Por mais que
me faça mudo e me esconda de tudo,
Só me
mostrando em cores e versos, disfarçado,
Há em mim a
vontade da revelação, um grito preso
Capaz de me
revelar ao mundo.
É grande a
luta me subjugando, senão grito, clamo
Declamo... Eu te
amo, eu te amo!
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