Faz-se
madrugada, e um último clarim anuncia:
acabou.
Agora todos para as suas casas,
todos para
dentro de si mesmos,
sem máscaras
e sem fantasias.
Quando
faremos um carnaval inverso,
feito de
silêncio e tédio, cansaço,
para destoar
do cotidiano o ano todo?
Quando,
cansados de sorrisos e realizações,
para destoar
e nos fingirmos outros,
colocaremos
máscaras de lágrimas,
fantasias de
tristes, como num velório colossal?
Por mais triste
e estranho, surreal,
o que
queremos é esse carnaval,
curto
momento de choro na gargalhada geral,
Porque, por
enquanto é o contrário.
Francisco
Costa
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