Não adianta.
Por mais que omita,
massacre o
crânio inutilmente,
meus cheiros
persistem,
minhas
digitais insistem
em marcar a
minha presença aí.
Sei de cada
dobra e recanto,
o som exato
dos seus suspiros,
a
temperatura exata do seu suor
quando você
se derretia entregue
ao cansaço
em andamento.
Vá. Banhe-se,
esfregue-se,
fique ao
avesso, lave-se de novo,
em inútil
tentativa de se desvencilhar
de mim
morando aí, inquilino
que se
propõe pra sempre.
Ordem de
despejo? Que nada!
Posto para
fora, do corpo e da memória,
você é que
se sentirá despejada.
Francisco
Costa.
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