Aqui, palco
do contrário,
o sol está
fora, do lado de fora,
como a flor
atrás da parede,
só que de
vidro, em permissão
que se
mostre, só negue o cheiro.
Aqui tudo de
peso pouco
e movimentos
lentos,
num balé
inusitado e permanente.
Nos jardins
de solos de pedras,
actínias,
hidras, águas vivas
salpicam-se
cores entre corais,
como se Van
Gogh e seus pincéis
tivessem
passado por aqui.
É tudo tão
absurdamente bonito
que aqui
bicho é planta
e planta é
bicho, em atestado
de que a
razão humana
é só um
detalhe,
um acidente
cósmico
que só em si
se justifica.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário