Súbito,
alço-me de mim
e me ponho a
teus pés,
pura magia
de encanto e segredos,
anunciação
do que não sei, presumo,
em adoração
de amante novo,
novidade na
pesquisa, descoberta
de menino
rasgando a fimose do espanto
diante da
beleza em seu estado máximo,
indiscrição
imprópria a descrições,
surrealidade
concreta amanhecendo sonhos.
És toda
suposição que se confirma,
atestado do
impossível ao alcance,
surpresa de
espécie nova na flora,
laceração no
que é sensato, rombo
na solidez
das minhas convicções.
Como fingir
não te ver, antecipação
de
pesadelos, quedas, ruídos, pecados
esculpidos
no teu corpo transitório, entre
o
possivelmente agora e o nunca mais?
Como dizer
não se já preso, vítima,
mero
apêndice do que te pertence,
deliciosamente
nua, despida de tudo,
roubando-me
a paz e o pudor?
Como, como,
digam-me...
Se sou agora
não mais que um homem,
só um homem,
reduzido a instintos,
desejos,
vontades estampadas na tarde?
Como, se
agora não mais que orgasmo e fome,
prazer e
dor, pelo que é, pelo que será,
longas
noites de memória em prontidão,
alimentando
lágrimas e saudades.
Francisco
Costa.
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