Eu te
agradeço por cada uma das lágrimas.
Pelas que
derramei em angústia e solidão,
certo de não
mentias e a partida era definitiva;
as de medo e
tédio, quando, imune ao toque,
espargias
indiferença e alheamento,
como uma
flor baldia a mercê do vento.
As que
carreguei nas ruas, humilhado,
semeando
curiosidade nos passantes,
a cada que
vez que dissestes “vai embora”;
as que
regaram o travesseiro, solo
onde plantei
frustração e desejo,
enquanto
dormias longe, ao meu lado;
As que ainda
carrego, não me desfaço
por que já
parte de mim retornando,
não para te
perdoar, mas para pedir perdão
pelos
motivos que te dei para me fazer chorar.
Francisco
Costa
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