Entrevero de
idéias conflitantes,
O poeta
sangra palavras
No que se
anseia poema.
Faz sol, há
esperanças esparramadas
Como
concretização do esperado,
Mas o poeta
sangra.
Hemorragia
de necessidades estranhas,
Impróprias
ao que não discerne
Sobre o que
se esconde no silêncio,
O poeta
contempla o papel em branco,
Desafio,
imperativo de coexistência,
Possibilidade
de libertação.
Necessariamente
concentrado e só,
O poeta
vasculha os meandros de si,
Mastiga
antigas impressões,
Sonha possibilidades
inatingíveis,
Fixa o que
não se permite fixo.
Entre letras
e signos o poeta trabalha,
Constrói a
si mesmo construindo versos,
Sangra.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário