Choro-te,
musa ausente,
Embora de
presença ilusória,
Como
antepassados
Presos na
memória.
Choro porque
não estás
E nem
poderias estar
Onde há
fronteiras
Limites,
cordas, cordões
Algemas,
grades, correntes
Tudo o que
prende.
Choro porque
não estás
E nem
poderias estar
Onde há
pobreza
Misérias,
carências, dores
Quereres,
precisos, faltas
Tudo o que
diminui.
Choro porque
não estás
E nem
poderias estar
Em teorias
falidas
Discursos
mentirosos
Intenções
falsificadas
Tudo o que
ilude.
Choro-te,
musa ausente,
Embora de
presença desejada,
Como comida
no prato,
Ou presença
da mulher amada.
Francisco
Costa.
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