terça-feira, 7 de maio de 2013

MUSA AUSENTE


Choro-te, musa ausente,
Embora de presença ilusória,
Como antepassados
Presos na memória.

Choro porque não estás
E nem poderias estar
Onde há fronteiras
Limites, cordas, cordões
Algemas, grades, correntes
Tudo o que prende.

Choro porque não estás
E nem poderias estar
Onde há pobreza
Misérias, carências, dores
Quereres, precisos, faltas
Tudo o que diminui.

Choro porque não estás
E nem poderias estar
Em teorias falidas
Discursos mentirosos
Intenções falsificadas
Tudo o que ilude.

Choro-te, musa ausente,
Embora de presença desejada,
Como comida no prato,
Ou presença da mulher amada.

Francisco Costa.
Rio, 19/04/2013.

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