Meu moldem
desconectou.
Não tenho
mais como acessar a mim mesmo.
Como exercer
agora os meus sentidos
se
entorpecidos, mortos, desplugados?
Sou agora só
um a tela de fundo impreciso
e ícones
inválidos porque inacessíveis.
Movo-me
irritado em meus limites
de só um corpo
e órgãos inúteis, apagados.
Estou só.
Começo e termino em mim, e
não tenho
como fugir, me esconder de mim.
Devolveram-me
à minha individualidade
e me deparei
com um estranho me habitando.
Preciso
acessar-me na tela, ver-me inteiro
em mim
digerindo o imposto pelo moldem morto.
O lead não
acende, sequer pisca.
Preciso
retomar-me já, ser eu de novo,
e me tomo de
profunda crise existencial,
definir onde
me encontrar novamente,
se no
shopping ou na televisão.
Francisco
Costa
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