Porque
plantar em mim essa semente
se sabes que
não chegará a fronde e frutos?
Porque
lavrar essas palavras antigas, repetidas,
se me sabes
réptil noturno digitando a solidão?
Que
pretendes com esse olhar felino, feiticeiro,
se em mim
latejam ainda as lágrimas amanhecidas
de sonhos
interrompidos e sorrisos debandados?
Acaso não
sabes do que se deu ao medo e calou?
Por favor,
interrompa o seu rito de sorrisos.
O meu
coração não suportaria uma recaída.
Francisco
Costa.
Rio,
05/02/2013
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