Limites
Vez por
outra invade-me uma eloquência indescritível,
prenúncio de
algo imenso, uma sinfonia, talvez,
ou uma explosão
cósmica inapreensível, luz total,
erigindo-me
um deus menor caído, e sou só espanto.
Frustro-me
em meus limites, incapaz de palavras
para
descrever o só entrevisto, inútil às cores e formas,
insuficientes
para a tradução do que consigo ver.
Dói, dói muito
saber-me só um iceberg, um pedrisco
de gelo ao
acaso, mostrando tão pouco
porque o de
mais bonito permanecerá submerso.
Francisco
Costa.
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