terça-feira, 7 de maio de 2013

INDIFERENÇA


Por favor, agrida-me.
Derrama sobre mim as tuas palavras mais ácidas,
as que ferem fundo, rasgam a minha carne.
Anda! Fale, grite, xingue... Destila ódio, rancor...
Faz qualquer coisa que me reduza e limite, anula-me.

Não? Então age com tuas unhas e dentes,
crava em mim as tuas marcas de fêmea violando.
Estapeie-me entre lágrimas e impropérios. Grita!
Humilha-me diante dos vizinhos, desqualifica-me.

Faça qualquer coisa, pelo amor de Deus!
Porque a sua indiferença está me matando.

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