Grávido de
poemas,
permito-me a
parto contínuo,
numa
hemorragia de palavras
traduzindo-me
mais do que eu,
todos,
porque porta
voz do humano,
do que pouco
difere em cada um,
rês num
rebanho de espanto
diante das
solicitações do mundo.
Parturiente
em sua hora,
em sangue e
lágrimas,
as vezes
sorrisos,
enuncio em
versos
o poema
escondido
que habita o
peito de cada um.
Poeta? Só um
eufemismo
para
garimpeiro de corações,
um
fofoqueiro das emoções.
Não escrevo,
me escrevo,
e me
escrevendo outro
no outro sou
sempre melhor.
Cada homem é
um poeta.
Alguns
escrevem, todos sentem.
Francisco
Costa
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