Já não
sonho teu corpo, e do teu corpo
pouco me
convém agora a lembrança.
Foste algo
assim que supus imperecível,
marca d’água
na cédula, tatuagem,
qualquer
coisa feita para ficar.
Mas não.
Contas já no meu inventário
de perdas e
danos, na rubrica do deve,
como uma
conta em exercício findo,
um produto
com prazo de validade vencido.
Morro-me um
pouquinho uma vez mais,
mas que
fazer?
Viver é juntar pequenas mortes,
prover o estoque até a morte, afinal.
Francisco
Costa
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