Na ditadura
militar os meus carrascos
tentaram de
tudo para eu confessar,
em diuturna
violação do meu ser,
com todas as
ameaças possíveis,
do pau de
arara e pimentinhas às irenes,
dos socos a
ser lançado de helicóptero no mar.
Farrapo em
pedido de morte, por não suportar,
resisti,
preservando amigos, companheiros,
endereços,
documentos, camaradas.
Perderam
tempo, e burros, asnos fardados,
como a
história atesta, erraram nos métodos.
Tivessem mandado
uma mulher
que se
fizesse alvo do meu amor,
sonolento e
assanhado, rendido
eu teria
confessado tudo.
Francisco
Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário