O que eles
dizem é negro,
o silêncio é
branco.
Discursos
oficiais são negros,
justificativas
políticas são negras,
a miséria é
negra e mais negras
a
exploração, a mentira, o engodo.
Aceitar
passivo é branco,
como branco
é esperar de Deus
o que é
atribuição humana.
Em tudo
negro não vejo nada,
e menos vejo
se tudo branco.
Eu quero
vida, e a vida tem cores
que se
mesclam, misturam,
em infinitas
possibilidades.
Eu quero as
cores.
Chega da
surdez negra,
do mutismo
branco.
Eu quero,
preciso
me sujar de
cores.
Em preto e
branco
meus olhos
não vêem,
meus lábios
não riem,
meu coração
não bate,
apanha.
Francisco
Costa
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