terça-feira, 7 de maio de 2013

ELA DORME


Rubro, teu sangue escorre em tuas veias.
Rútilo, transfunde-se, outonal margarida,
na impaciência morna da minha espera,
no aguardo do teu corpo ainda em sono,
como um cálice na prateleira, alheio e só,
pronto às mãos que o consagrará, aos dedos
que delicados e atentos percorrerão curvas,
prólogo do sorver ávido de todo o conteúdo.

Francisco Costa
Rio, 13/01/2013.

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