Disfarçada
Se pouco sei
de mim
De ti nada
sei
Incógnita na
cama
Destilando
nua
Rituais de
prazeres.
És assim
Mobilidade
louca
Espojada nos
lençóis
Trejeitos e
sonhos
Declinados
na noite.
Sons
proibidos
Arfares sem
pudor
Pedidos e
doações
Quase
líquidas
Porque
escorridas
Do meu espanto.
És assim
Uma
impostura
De carne e
desejo
Porque não
existes
Fora da cama
Reduzida a
bom dia
Sim senhora
Por favor.
Até
recomeçar a noite
E te
transmutares
Louca
alucinando,
Dentes e
língua,
A própria
noite
Em orgia
permanente.
És assim
Hiato entre
dias
Que te vêem
disfarçada
Mamãe,
esposa, tia
Qualquer
coisa
Que mantenha
Aquela fêmea
Amordaçada.
Francisco
Costa.
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