Quero
digitar de amor, mas a consciência não deixa.
Preciso
falar que amo e que há borboletas no jardim,
mas uma voz
imperiosa, totalitária, resiste, impede.
Quero dizer
que uma imagem solar e graciosa, sensual,
persiste e
insiste em me habitar, pasmo, apaixonado.
E gritar eu
amo com a exatidão das marés, o movimento
lento e
sempiterno do sol, a sofreguidão dos ventos,
Mas não
consigo. Paira ainda sobre os meus versos
a fumaça.
Molhados de lágrimas, ainda não se prestam
aos meus
arroubos de amante em exercício, corpo ocupado.
Cadáveres de
meninos intoxicados seguram a minha mão.
Francisco Costa.
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