Nasci para
desejar
E desejando vivi.
Tenro
rebento ainda, menino
Um tio
prometeu uma estrela.
Inconsciente
do que podem
Os corações
adutos, acreditei,
Olhando em
todos os dias
Para aquela
caixinha de papelão
Onde guardaria
minha estrelinha
Que não
virá, titio já morreu.
O tempo
passou e, desejo a desejo,
Descobri o decote da professora,
Uma estrela
tão distante quanto a primeira,
Perdida na
primeira infância,
E me tornei
caçador de estrelas,
Fazendo de
cada poema
Aquela
caixinha de papelão,
Esperando,
esperando.
Francisco
Costa
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