terça-feira, 14 de maio de 2013

DESEJOS


Nasci para desejar
E  desejando vivi.

Tenro rebento ainda, menino
Um tio prometeu uma estrela.

Inconsciente do que podem
Os corações adutos, acreditei,
Olhando em todos os dias
Para aquela caixinha  de papelão
Onde guardaria minha estrelinha
Que não virá, titio já morreu.

O tempo passou e, desejo a desejo,
Descobri  o decote da professora,
Uma estrela tão distante quanto a primeira,
Perdida na primeira infância,
E me tornei caçador de estrelas,
Fazendo de cada poema
Aquela caixinha de papelão,
Esperando, esperando.

Francisco Costa
Rio, 01/01/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário