O amor,
ah! O amor, essa incógnita sagrada
A solicitar
decifração urgente e definitiva
Em cada
coração. Esse instinto permanente
E sem
solução, essa aura mágico-magnética
A impregnar
tudo o que nos rodeia e medeia.
Máscara para
o medo da morte, dizem uns.
Só um
apelido esculpido em pudor para o cio,
Dizem
outros, explicando-se num complexo
Sistema de
hormônios e enzimas impondo
A
perpetuação da espécie, só uma a mais.
Aos
primeiros pergunto: como justificar
Os suicidas
passionais, os que ,voluntários,
Buscam a
morte por amor, demolindo
Quaisquer justificativas de opor amor e morte,
Como
antônimos, desejos inconciliáveis?
Como induzi-lo
à bioquímica dotada de razão,
Se, sem
cérebro e sem coração, uma planta
Floresce e,
passional em flerte na primavera
Beija
molhada de pólen a flor que a espera,
Às vezes
longe, pronta para a entrega?
Como
verbalizar qualquer teoria que, redundante
Leve sempre
a mesma pergunta: o que é o amor?
Pois cá da
minha insignificância teórica,
Ouso
responder: o amor é... O amor.
E é isso que
fascina.
Francisco
Costa
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