Chego diante do sábio e digo:
mestre, porque tantas religiões
para um só Deus, ou tantos Deuses
para uma só humanidade?
Só bondade e sabedoria, ele sorri,
pede que eu me sente, e começa:
tenho cinco filhos, sabias?
Quando chego em casa, se acercam,
e munidos todos de bons propósitos,
carentes e transbordantes de amor
correm ao meu colo.
Cada um deles se julga mais capaz
De entender melhor os meus
propósitos,
as minhas intenções, de ser o meu
dono.
Todos têm certeza de que são o mais
amado,
é que, em contrapartida, é o que mais
me ama.
Para acesso ao que julgam privilégio
em meu colo,
empurram-se, beliscam-se,
ofendem-se...
São crianças, um dia crescerão...
Amadurecerão.
Agora te farei duas perguntas: a
primeira,
- Quantos tens diante de ti, agora?
respondi o óbvio: - um!
Sim. Sou um, único. E pai de todos
eles.
Mas diante deles sou quantos?
Quando aninhados em meu colo, sou
quantos?
E diante da minha resposta: - não
entendi,
completou: - sou tantos quantos são
eles,
porque cada um deles diferente,
pessoal,
refletindo em mim essa diferença.
Se nesse momento tu me chamares Deus!
Te direi que cada filho meu é uma
religião.
Francisco Costa.
Rio, 21/01/2013.
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