Vou
despir-me de tudo o que me preocupa,
Deixar ao
relento as preocupações e ânsias,
Nas gavetas
tudo o que eclipsa sorrisos.
Vou
trancar-me em mim, pouco me dando
E menos me
mostrando, como um caramujo,
Blindado,
oculto na concha das aparências.
Vou me
limitar agora aos versos fáceis
E a tema
único, ancorado em amor realizado,
Cheio de
beijos, orgasmos e nada mais.
E então,
fechado nos limites da autossuficiência,
Sem mais
para aprender, por saber de tudo,
Não mais
questionarei, permanecendo mudo
Sem manchar
a felicidade alheia. E mais não digo,
Tornaria o
poema longo, e ler é um incômodo.
A pedidos,
serei conciso, no pensar e no escrever.
Agora só
versos palatáveis em poemas curtos,
de sabor
doce, meladinhos e românticos,
Para não
desafinar no coro dos que merecem
Não mais que
versos palatáveis, de sabor doce,
Sem deixar
evidente o amargor e o azedume
Que
incomodam os que nasceram para não pensar.
Francisco
Costa
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