Às Ruas, Já!
Vamos para
as ruas, ruas já.
Não importa
se de sol ou chuva,
se
iluminados na esperança
ou molhados
de indignação,
a hora é de
rua.
Na rua o
político honesto,
sempre voto
vencido
e discursos
para ninguém,
o empresário
que se toma a sério,
o partidário
da honestidade,
o
companheiro da correção,
o camarada
do caráter...
todos
cúmplices, de coração.
Lado a lado
o hetero e o gay,
a beata e a
puta, as donas de casa.
Juntos,
aluno e professor,
patrão e
trabalhador, desempregados.
No mesmo
cordão, artistas, filósofos...
E os que das
letras só as sabem inúteis
quando só
servem para redigir o caos.
Todos, todos
ombreados, os padres,
pastores,
pais de santo, adivinhos...
Porque o
rebanho padece e chora
em um outro
tipo de cruz.
Às ruas, às
ruas já!
Antes que
nos levem as ruas também
e
prisioneiros de nós mesmos,
alheios e
omissos, sem ter para onde ir,
para onde
caminhar,
permaneçamos
nessa mesma agonia,
nessa mesma
prisão domiciliar.
Francisco
Costa
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