quarta-feira, 8 de maio de 2013

AMAR É...


Buscar entre espinhos
A flor que se esconde
Baldia e tonta, distraída.

Vasculhar o peito vazio
Indagando onde foi parar
O pedaço que falta, fugiu.

Habitar o outro sempre
Fazendo-se só um pouco,
Órgão a mais no corpo amado.

E sorrir, sorrir cotidiano
E comum como a natureza,
Que se dá em cores e sons, luz
Sem nada esperar em troca.

Permanecer atento a tudo,
A todas as solicitações do mundo
Porque o amor tem o estranho dom
Do inesperado,
De não se fazer anunciado.

E se permitir integral, sem questionar,
Porque, afinal, fomos feitos para amar.

Francisco Costa
Rio, 29/01/2013.

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