Morrer?
Sem comer
morando com dendê?
Sem conhecer
Portugal?
Sem passar
por mais um carnaval?
Sem cometer
mais um poema?
Despir
aquela morena?
Como morrer?
Ainda não é hora.
Preciso
conversar com aquela senhora,
inquirir-lhe
dos seus propósitos a meu respeito,
transformar
em poemas o que me vem no peito,
ouvir
Beethoven, falar aos que me ouvem.
Morrer ainda
não, nem pensar.
Há ainda
muita coisa a me agradar:
possibilidades
de escritos e pintados,
necessidades
de gritos e denúncias...
Como morrer
se amanhã fará sol
e haverá
festas no arrebol,
estará
benfazejo o clima,
haverá
borboletas e b... Suas rimas?
Não,
definitivamente não.
Agora seria
prematura.
Que seja
opção futura.
Fiz um pacto
com Deus:
Ele me dá
mais um aninho,
sem sustos e
em paz,
e me
comporto direitinho,
não O sacaneio
mais.
Ele não me
mata
e não
sacaneio o Papa.
Francisco
Costa.
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