quarta-feira, 8 de maio de 2013

À ESPERA


Ontem esperei   e não veio ninguém.
Ninguém   na poltrona, na varanda,
aceitando café ou bebendo água.

Não, ninguém a optar entre o vinho
e a caipirinha com lascas de salame.
Ninguém  para discutir futebol, gols,
ou falar das curvas da modelo na praia.

Não coloquei Gil pra cantar nem mostrei
o meu último trabalho plástico,
cores coladas com tristeza e solidão.

Não, ninguém por referência.
Ninguém para me mostrar
que ainda estou vivo.

Francisco Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário