Ontem
esperei e não veio ninguém.
Ninguém na poltrona, na varanda,
aceitando
café ou bebendo água.
Não, ninguém
a optar entre o vinho
e a
caipirinha com lascas de salame.
Ninguém para discutir futebol, gols,
ou falar das
curvas da modelo na praia.
Não coloquei
Gil pra cantar nem mostrei
o meu último
trabalho plástico,
cores
coladas com tristeza e solidão.
Não, ninguém
por referência.
Ninguém para
me mostrar
que ainda
estou vivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário